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sexta-feira, 17 de junho de 2011

‘Agora quero ser feliz’, diz menino de 11 anos que teve perna reimplantada - Lucas de Oliveira teve a perna decepada ao ser atropelado em dezembro. Ele passou por três cirurgias e, após 6 meses, anda sem muleta.


“Eu não sei por que tudo isso aconteceu comigo. Agora eu só quero ser feliz”, disse o estudante Lucas Roberto Ferreira de Oliveira, de 11 anos, seis meses após ter sua perna decepada quando foi atropelado em Xerém, na Baixada Fluminense. Depois de três cirurgias, Lucas teve a perna direita reimplantada e já anda sem o auxílio de muletas.
Lucas teve a perna reimplantada após ser atropelado em dezembro  (Foto: Divulgação/SES/Mauricio Bazilio )Lucas teve a perna reimplantada após ser atropelado em dezembro (Foto: Divulgação/SES/Mauricio Bazilio )
No dia 10 de dezembro de 2010, Lucas estava sentado em uma calçada de Xerém quando um carro em alta velocidade passou por cima da sua perna. O menino foi socorrido e encaminhado para o Hospital de Saracurana, também na Baixada, onde funciona um programa chamado SOS Reimplante.
“Em dezembro, quando meu filho ficou 23 dias internado no CTI, os médicos disseram que a perna implantada podia não ser aceita pelo organismo. Foi um milagre tudo dar certo”, contou a mãe de Lucas, Patrícia da Silva Ferreira.
Recuperação
Lucas em dezembro, na época do acidente (Foto: Reprodução TV Globo)Lucas em dezembro, na época do acidente
(Foto: Reprodução TV Globo)
Após a cirurgia de reimplante, Lucas passou por mais uma intervenção em março para retirar um alongador que foi colocado na perna. No dia 10 de junho, o menino voltou ao hospital para uma cirurgia no joelho. Segundo o coordenador e médico do SOS Reimplante, João Recalde, a previsão é que ele tenha uma vida praticamente normal.
“A perna foi decepada pouco acima do joelho, por isso agora estamos trabalhando para que ele recupere o movimento do joelho. Após esse período, devemos fazer mais uma cirurgia para igualar o nível das duas pernas”, explicou.
De acordo com o médico, as pernas estão com comprimentos diferentes já que, até os nervos do membro implantado se regenerarem, o crescimento ficou prejudicado. Enquanto isso, a perna sadia continuou seu crescimento normal. “Por ele ser criança a recuperação é melhor. Por enquanto ele está usando um sapato para igualar o tamanho das duas pernas. Ele poderá ter dificuldades para correr, jogar futebol, mas vai voltar a ter uma vida normal”, disse confiante o médico.
Quando recebeu a notícia de que possivelmente não poderia mais jogar futebol, Lucas lamentou. “O que eu mais gostava de fazer era jogar bola, mas os médicos disseram que eu só volto a correr por um milagre”, disse.
Estudos
A mãe de Lucas contou que devido ao acidente, o menino estuda em casa. Ele cursa o 5º ano da Escola Wilson de Oliveira Simões, em Duque de Caxias, onde a família mora. Toda sexta-feira a mãe vai até a instituição buscar as matérias que foram explicadas durante a semana. Segundo ela, a Secretaria de Educação do município prometeu um carro especial para levar o menino ao colégio, mas isso não aconteceu.
“A secretaria tinha prometido um carro, mas isso ainda não ocorreu. Ele estuda em casa, faz o dever de casa. Nas horas vagas joga vídeo game, vai na rua, solta pipa”, disse ela. Procurada pelo G1, a Secretaria de Educação informou que iria apurar a situação do menino.
Depois de seis meses do acidente, Lucas faz fonoaudiologia, fisioterapia e é atendido por um psicólogo. O menino tenta voltar a ter uma vida normal. “Ele me abraça, me beija e diz: ‘mamãe, está ficando tudo bem, minha vida está voltando ao normal’”, emociona-se Patrícia

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